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Authors
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Abstract(s)
Com este estudo tentou-se fazer uma ligação entre a supervisão e a resiliência em
contexto de Prática Pedagógica, efectuando-se algumas reflexões acerca das experiências vivenciadas por supervisandos e professores cooperantes nesse contexto,
recorrendo-se para tal a alunos do 4º ano da Licenciatura em Ensino Básico -1º Ciclo
e aos professores cooperantes que os acompanharam no estágio, como sujeitos da
investigação.
Os principais objectivos eram identificar até que ponto a resiliência é um aspecto
a considerar na relação formativa que se estabelece entre os professores cooperantes
que acompanham a Prática Pedagógica e os supervisandos / futuros professores do
1º Ciclo, tentando perceber de que modo o clima de supervisão e as relações
estabelecidas entre ambos os intervenientes eventualmente podem influenciar o
desenvolvimento da resiliência, em contexto de supervisão.
Assim sendo, desenvolveu-se um suporte teórico que nos pudesse auxiliar no
desenvolvimento do estudo, recorrendo a perspectivas no âmbito do estudo da
supervisão e da resiliência, associando-os ao desenvolvimento ecológico de
Bronfenbrenner, à teoria de desenvolvimento do ego de Loevinger, ao modelo de
Zimpher e Howey sobre a competência, tendo também em consideração as fontes e
capacidades de resiliência.
Procurando desenvolver uma pesquisa qualitativa em educação, com um
delineamento quase experimental, embora de carácter exploratório, utilizamos vários
instrumentos de recolha de dados, como a entrevista semi-estrutrada, a prova de
avaliação do nível de desenvolvimento do ego, a prova de avaliação do nível de
resiliência, a prova de completamento de frases adaptadas às fontes de resiliência e a
escala de avaliação da competência educativa, que foram adaptados de forma a
podermos dar resposta aos objectivos do estudo.
Como principais conclusões deste estudo salienta-se o facto de professoras cooperantes
com um nível de desenvolvimento do ego inferior ao dos seus supervisandos,
associado a um baixo nível de resiliência preconizarem um clima de supervisão
mais directivo e evidenciarem um tipo de relacionamento interpessoal mais controverso,
levando os supervisandos a demonstrarem mais dificuldades ao nível do
desempenho da prática, em contexto sala de aula, estarem menos motivados e a
apresentarem um baixo nível de resiliência. Neste grupo, embora os supervisandos
se considerem pedagogicamente preparados para exercerem a profissão docente, no
que respeita ao nível de desenvolvimento de competências educativas, as
cooperantes não têm a mesma opinião. Outro aspecto que pode ser evidenciado,
embora com menos proeminência, é o facto de cooperantes com nível de
desenvolvimento do ego superior aos dos seus supervisandos, associado a um alto
nível de resiliência preconizarem um clima de supervisão, essencialmente, reflexivo
e estabelecerem relações interpessoais mais empáticas, reflectindo-se estes aspectos
numa maior motivação a nível do desempenho dos supervisandos, bem como, num
nível de resiliência mais elevado. Alem disso, neste grupo de supervisandos a sua
auto-apreciação positiva, a nível de competências educativas, é coincidente com a da
sua cooperante.
Description
Dissertação de mest., Supervisão, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2007
Keywords
Teses Supervisão Resiliência Professores Desenvolvimento Competência educativa Desenvolvimento pessoal