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Browsing Faculdade de Ciências e Tecnologia by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Médicas::Ciências da Saúde"
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- Abordagem farmacológica da perturbação de hiperatividade e défice de atençãoPublication . Almeida, Catarina Cerqueira de; Fidalgo, João Pedro; Pinto, Rui Manuel AmaroCom uma prevalência global estimada em 5,29% e com um rácio rapaz/rapariga de 3:1, a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), surge no panorama nacional e internacional como uma das mais comuns desordens neuro-comportamentais diagnosticadas na infância. Tendo sido referida pela primeira vez há mais de um século, esta é uma desordem muito particular devido às três características que apresenta – hiperatividade, impulsividade e inatenção – que se revelam nos padrões comportamentais do dia a dia e que levam em muitos casos a uma redução tanto do desempenho educacional como da componente social, traduzindo-se em insucesso escolar, dificuldades de relacionamento com os colegas e nas relações com os adultos mais próximos (pais e professores).- Esta monografia aprofunda os mecanismos neurofisiológicos por detrás da patologia e conhecidos até ao momento, evidenciando a necessidade de diagnóstico precoce desta perturbação do foro neuro-comportamental. Estando normalmente associada a comorbilidades, o diagnóstico diferencial das mesmas é essencial, sendo atualmente possível na maioria dos casos através da terapêutica não-farmacológica e farmacológica controlar os sintomas major, apesar de se tratar de uma perturbação atualmente sem cura. Sendo utilizados fármacos desde uma idade jovem, é necessário compreender os benefícios que resultam da terapêutica e quais os efeitos adversos que desta podem surgir. Além disso, colocar-se-á em evidência todas as medidas que o farmacêutico pode tomar, enquanto principal agente do medicamento, no aconselhamento e posterior melhoria da qualidade de vida destes doentes e respetivas famílias.
- A abordagem farmacoterapêutica da depressão na adolescênciaPublication . Seixas, Francisco Guilherme Rodrigues; Pinto, Rui; Rocha, JoãoA adolescência é não só um ponto de viragem para a consciência social, mas também o ponto onde ocorrem mais mudanças nos circuitos cerebrais envolvidas na resposta à recompensa e ao perigo, aumentando os níveis reportados de stress, especialmente nas adolescentes. A discrepância entre sexos nem é o mais notório. Isto porque, havendo diferentes graus de desenvolvimento e maturação, também a resposta a estímulos o será nas diferentes etapas da vida. Logo, o efeito da terapêutica utilizada no combate a patologias do foro emocional, normalmente utilizada em adultos, terá as suas divergências no que toca aos efeitos em adolescentes. Este trabalho de revisão bibliográfica pretende elucidar os fundamentos de uma patologia particular, num segmento também ele particular: a depressão no adolescente. O objetivo passa pelo descortinar das vias de tratamento possíveis e mais indicadas, para evitar os problemas associados a esta patologia em tenra idade, duma perspetiva prospetiva. Essas vias de tratamento passam tanto por psicoterapia como por farmacoterapia, na qual o foco será maior e onde se estudarão as vias com maior benefício. Tão ou mais importante é a menção à necessidade e forma de intervenção por parte do farmacêutico nestes casos, tanto de forma preventiva como em tratamento, de forma a não só gerir melhor o medicamento como também o efeito que o mesmo provoca.
- Abordagem terapêutica na doença de AlzheimerPublication . Sousa, Bárbara Martins; Araújo, Inês; Cristiano, Maria Lurdes SantosA doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva e fatal que conduz à demência e que afeta preferencialmente a população idosa(1). Pode-se considerar esta doença como a grande epidemia deste século, estimando-se um aumento substancial de casos devido ao envelhecimento da população. Clinicamente, esta doença manifesta-se com um declínio gradual da memória e de outras funções cognitivas e neurológicas, devido à degeneração e atrofia cerebral resultante da acumulação extracelular de placas do péptido beta amilóide e de tranças neurofibrilares, constituídos por agregados de Tau hiperfosforilada (2). No entanto, a interação entre estes dois elementos patológicos ainda não é completamente conhecida. De acordo com a literatura, o desenvolvimento da doença de Alzheimer está associado a disfunções nas vias de sinalização, tais como: agregação e deposição de beta amilóide, hiperfosforilação da proteína tau, disfunção neurovascular, processos inflamatórios, stress oxidativo, disfunção mitocondrial(3). Todavia, não são completamente conhecidos os mecanismos responsáveis pelas disfunções que levam ao depósito de placas beta amiloides e ao desenvolvimento das tranças neurofibrilares e, consequentemente, à neurodegenerescência e alterações cognitivas características da doença de Alzheimer. Existem várias hipóteses que ocupam neste momento a comunidade científica e diversos aspetos que podem estar na base do aparecimento da doença, mas o conhecimento disponível sobre este assunto ainda é insuficiente, o que limita bastante o desenvolvimento de soluções terapêuticas eficazes. Assim, surgem dois grandes problemas que comprometem o controlo da doença de Alzheimer: a inexistência de estratégias terapêuticas para travar a progressão da doença nos pacientes já diagnosticados e a inexistência de estratégias preventivas para impedir o seu desenvolvimento em populações suscetíveis. Conhecendo esta problemática e tendo em conta a pertinência e a vontade de aprofundar o tema, o objetivo desta monografia passa pela Revisão Bibliográfica das abordagens terapêuticas disponíveis para aliviar os sintomas da Doença de Alzheimer e dos estudos em curso direcionados para o desenvolvimento de terapêuticas específicas, definindo novas e possíveis abordagens tendo em conta os potenciais alvos descritos pela literatura.
- Acne Vulgaris: avaliação do impacto de uma ação educativa no conhecimento de jovens adolescentesPublication . Sousa, Sara Cristina Costa DiasIntrodução: A Acne Vulgaris (AV) é uma doença crónica que se manifesta através de lesões cutâneas. Esta surge normalmente durante a puberdade, contudo, pode afetar qualquer indivíduo em algum momento da sua vida. Tem sido também verificado um elevado desconhecimento, ou fornecimento de informação errada, das causas e fatores agravantes da AV entre a comunidade em geral. Todos estes fatores contribuem para os numerosos transtornos psíquicos e emocionais associados a esta patologia, como depressão, ansiedade, diminuição da autoestima e da autoconfiança. Objetivos: Este estudo teve como principal objetivo a avaliação do conhecimento de jovens adolescentes sobre a Acne Vulgaris e a avaliação do impacto de uma ação educativa junto dos mesmos. Foram também objetivos a caracterização demográfica dos jovens integrados no estudo e a sua perceção sobre a prevalência de acne. Métodos: Foram aplicados a jovens do 3ºciclo do Agrupamento de Escolas de Almodôvar, um total de 212 questionários construídos especificamente para avaliar o conhecimento dos mesmos em duas fases distintas, antes e depois da ação educativa. Posteriormente procedeu-se ao tratamento dos dados obtidos, através do software Statistical Package for Social Sciences (SPSS), de forma a avaliar o impacto da ação educativa nos jovens adolescentes. Resultados e Discussão: A amostra apresentava uma média de idades de cerca de 14 anos, maioritariamente (57,5%) indivíduos do sexo masculino. A perceção sobre a existência de acne nos jovens foi relativamente semelhante antes e depois da sessão educativa, não apresentando diferenças estatisticamente significativas. Contudo, verificaram-se diferenças estatisticamente significativas (p<0.05) antes e depois da ação educativa ao nível da perceção do conhecimento global dos jovens e da classificação desse conhecimento; bem como nos conhecimentos relativos à definição de acne, aos tipos de acne, etiopatogenia e fatores agravantes da patologia, produtos específicos para acne e ainda alguns mitos como, a acne ser uma patologia contagiosa, o envolvimento da dieta no aparecimento de acne, a limpeza agressiva da pele acneica, a manipulação das lesões ou ainda a utilização de maquilhagem em peles com acne. Conclusão: Parece existir um défice de conhecimentos sobre a acne vulgaris nos jovens adolescentes. Contudo, os resultados levam a crer que a educação sobre esta patologia, em grupo, pode ser uma estratégia de aumento do conhecimento dos jovens adolescentes.
- Acompanhamento farmacoterapêutico em doentes com diabetes Mellitus. Barreiras e facilitadores da implementação do serviçoPublication . Santo, Rafaela Espírito; Condinho, Mónica Sofia LealA Diabetes Mellitus constitui um importante problema de saúde pública com crescimento exponencial. O Acompanhamento Farmacoterapêutico permite acompanhar a terapêutica do doente e aumentar os resultados positivos em saúde. Este estudo teve como objetivos analisar e descrever o contributo do Acompanhamento Farmacoterapêutico para o estado de saúde de doentes selecionados com DM. Pretendeu, ainda, identificar, na prática, as barreiras e os facilitadores da implementação do serviço. Durante um período de sete meses, duas doentes, selecionadas por conveniência, integraram o serviço na Farmácia Central de Mora. O impacto das intervenções farmacêuticas foi analisado, para os parâmetros clínicos específicos, por comparação com o ponto de partida. As barreiras e os facilitadores da implementação do serviço foram avaliados por questionário aplicado a profissionais de saúde, de duas farmácias, situadas em áreas geográficas diferentes. As doentes, sexo feminino, tinham idades compreendidas entre 66 e 71 anos, MSB e ANR, respetivamente. Na doente MSB verificou-se uma redução média na glicémia pré-prandial de 215,1 mg/dL para 133,4 mg/dL. Na doente ANR registou-se uma redução média dos valores da glicémia pré-prandiais de 176,4 mg/dL para 139,0 mg/dL. Quanto às barreiras à implementação, identificaram-se, sobretudo, a falta de divulgação e pouco conhecimento do serviço, os fatores económicos, a comunicação com o médico e outros profissionais de saúde e a falta de tempo. Quanto aos facilitadores, identificaram-se a proximidade das populações, o seu envelhecimento, o grau técnico do farmacêutico, a maior divulgação e publicidade do serviço e o aumento de investimento em prevenção na saúde. Conclui-se que a inclusão das duas doentes em Acompanhamento Farmacoterapêutico, parece ter conduzido a uma melhoria no seu estado de saúde, com redução da glicémia. Em relação ao questionário, na amostra entrevistada, as barreiras e facilitadores estão, em grande medida, de acordo com a literatura.
- Adesão à antibioterapia numa população algarviaPublication . Pontes, Alexandra Ventosa; Ramalhinho, Isabel; Cordeiro, ClaraAtualmente o tema de adesão à terapêutica é motivo de grande preocupação dos profissionais de saúde. Tentar perceber se os doentes tomam a medicação conforme as indicações dadas pelos prescritores e os motivos que levam ao incumprimento dessas mesmas indicações, são a principal razão de inúmeros estudos. Este trabalho teve como principal objetivo a avaliação da adesão à terapêutica antibiótica e dos conhecimentos, atitudes e comportamentos relativos ao consumo dos antibióticos por utentes que visitaram uma farmácia comunitária no concelho de S. Brás de Alportel. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal. Utilizaram-se dois métodos indiretos para avaliar a adesão à terapêutica – o autorrelato e a contagem de comprimidos com recurso a entrevista telefónica. Para o efeito adaptou-se um questionário previamente testado. Dos 100 inquiridos, 89% foram considerados totalmente aderentes pelo método da contagem dos comprimidos. No que respeita ao número de dias de tratamento, 84% dos inquiridos afirma ter cumprido totalmente as indicações. Quanto às horas de intervalo o grau de adesão foi um pouco inferior, pois 79% dos inquiridos afirma ter cumprido totalmente as indicações referentes a este parâmetro. Relativamente aos cuidados a ter durante a toma do antibiótico 91% dos inquiridos foram considerados totalmente aderentes. Verificou-se também que 87,3% dos inquiridos que classificaram a qualidade das consultas médicas. O estudo revelou um bom grau de adesão à terapêutica antibiótica, assim como um nível considerado razoável de conhecimentos, atitudes e comportamentos relativos ao consumo de antibióticos. De um modo geral, pode afirmar-se que a maioria dos resultados encontrados corrobora os estudos empíricos nesta área.
- Adesão à terapêutica em doentes diabéticos tipo 2: estudo de caso numa farmácia em AlmadaPublication . Carvalho, Sílvia Raquel Ferreira de; Ramalhinho, Isabel Maria Pires SebastiãoO tratamento da diabetes tipo 2 pressupõe que o doente adira não só ao regime terapêutico medicamentoso, mas também a medidas não farmacológicas, de gestão e de monitorização, que controlam a doença, e evitam o desenvolvimento de complicações. A adesão à terapêutica é fundamental para o sucesso terapêutico, permitindo alcançar uma melhor qualidade de vida no doente. Nos últimos anos vários estudos científicos reportaram com maior ênfase a problemática da não adesão à terapêutica, nos doentes crónicos e particularmente nos doentes diabéticos de tipo 2. As suas principais consequências consistem no agravamento da sintomatologia, no desenvolvimento de complicações, e nos aumentos dos custos nos serviços de saúde. O farmacêutico atua na primeira linha dos cuidados de saúde primários, e como tal exerce um papel fundamental no acompanhamento e orientação do doente diabético tipo 2. É da sua responsabilidade aconselhar, acompanhar e monitorizar estes doentes, adotando uma comunicação clara e objetiva. A relevância do presente trabalho centra-se na importância de identificar e analisar os principais fatores de risco que interferem na adesão à terapêutica no doente diabético tipo 2, bem como dar a conhecer os métodos disponíveis para avaliar este comportamento. Pretende-se ainda estudar as principais estratégias de intervenção farmacêutica no processo de melhoria da adesão. As estratégias consideradas incluem as de ordem educacional, comportamental, motivacional, as cognitivas e aquelas que promovem a autogestão e a automonitorização. Para além da revisão bibliográfica sobre o tema, analisou-se um caso clínico, que exemplifica alguns dos comportamentos típicos de não adesão à terapêutica no doente diabético tipo 2. Concluiu-se na sua análise que existia a toma irregular dos medicamentos, e o incumprimento de várias medidas terapêuticas não farmacológicas. A intervenção farmacêutica permitiu uma melhoria na adesão ao regime medicamentoso e a consciencialização do doente sobre a importância da prática de hábitos de vida saudáveis.
- Alterações hemostáticas na inflamação sistémicaPublication . Gonçalves, André Dinis Silva; Rocha, João Pedro FidalgoA inflamação e a coagulação desempenham um papel essencial em várias patologias, tais como doença vascular, sépsis, entre outras. Cada vez mais evidências apontam para uma extensa relação entre estes dois sistemas, tanto porque a inflamação leva à activação da coagulação, como a coagulação afecta consideravelmente a actividade inflamatória. Esta relação vai ser explicitada uma vez que é bem conhecida e pode ser vista como uma parte essencial da defesa do corpo hospedeiro contra, por exemplo, agentes infecciosos ou células não idênticas, num esforço para conter a entidade invasora e a consequente resposta inflamatória numa área limitada. A Proteína C activada (APC) é um anticoagulante natural que desempenha um papel importante na homeostase. Além das suas funções anticoagulantes, serão também ilustrados os seus efeitos citoprotectores, anti-inflamatórios, anti-apoptóticos e protectores da barreira endotelial. Devido à sua extensa relação serão abordadas também as vantagens terapêuticas do uso de anti-coagulantes em doenças inflamatórias.
- Antibióticos do Século XX - ascensão e declínioPublication . Fernandes, André Lourenço; Cristiano, Maria Lurdes SantosA evolução da humanidade tem sido acompanhada por um desenvolvimento paralelo de doenças infeciosas provocadas por agentes bacterianos. A quantidade de vidas perdidas devido a infeções causadas por estes microrganismos é incalculável, tendo sido apenas no século XIX que as primeiras respostas terapêuticas para estas infeções começaram a surgir. Neste século foi sintetizado o primeiro de muitos agentes antibacterianos, dando inicio à era dos antibióticos, que representaram uma evolução exponencial na área da química medicinal. Os antibióticos são moléculas desenvolvidas para combater bactérias, que podem atuar de diversos modos, consoante o organismo alvo e a própria estrutura química do fármaco. Diversas classes de agentes antibacterianos foram colocadas no mercado e, durante algum tempo, acreditou-se que doenças mortíferas resultantes de infeções bacterianas, como por exemplo a tuberculose, não voltariam a matar. No entanto, com o aumento do número de agentes antibacterianos no mercado veio também o seu uso indiscriminado, de forma excessiva e por vezes injustificada. Esta falta de controlo sobre o uso racional de antibióticos estimulou o desenvolvimento de estirpes resistentes, um processo que alastra desde a segunda metade do século XX e que caracteriza a área da antibioterapia atual. Enquanto os antibióticos mais antigos e tradicionais vão perdendo eficácia devido à seleção para resistências, o recurso a antibióticos mais recentes e de última linha começa a enfrentar o mesmo problema. Com isto, a procura de soluções eficazes e inovadoras para combater infeções bacterianas afirma-se cada vez mais como prioritária para a saúde pública a nível mundial. A presente dissertação centra-se na temática da ascensão e do declínio dos agentes antibacterianos, desde a sua emergência até à atualidade, abordando também novas perspetivas para o combate a infeções de origem bacteriana. A abordagem é feita com particular incidência nos diferentes alvos para terapia antibacteriana e nos mecanismos de ação de algumas classes de antibióticos, discutindo também os mecanismos de seleção para resistência das bactérias.
- Anticoagulantes orais: velho versus novoPublication . Peres, Daniela Sofia Lúcio; Rocha, João Pedro Fidalgo; Simões, Delminda Maria da CostaA anticoagulação oral é uma terapêutica eficaz para o tratamento e prevenção de distúrbios tromboembólicos. Em Portugal, a varfarina e o acenocumarol têm sido classicamente o pilar da terapêutica anticoagulante oral utilizada no combate deste “flagelo” social. A eficácia destes fármacos já foi devidamente comprovada em ensaios clínicos e neste momento são ainda os fármacos indicados para o tratamento e prevenção da maioria das patologias associadas a distúrbios trombóticos da coagulação. Atualmente, assiste-se a uma mudança no universo da terapêutica anticoagulante oral. Nos últimos anos, com o intuito de revolucionar os procedimentos clínicos e beneficiar os doentes, foram introduzidos no mercado novos fármacos com melhorias em relação aos “velhos” anticoagulantes. O Dabigatrano, apixabano e rivaroxabano constituem as novas moléculas comercializadas em Portugal. Relativamente à varfarina e ao acenocumarol, estes “novos anticoagulantes” apresentam como principal vantagem a ausência de uma monitorização regular e como principal desvantagem a ausência de antídotos para reversão de emergência. Apesar destes novos anticoagulantes orais serem muito atrativos por não necessitarem de monitorização, a sua utilização ainda é limitada devido ao seu preço mais elevado e às limitações clínicas de utilização em patologias específicas e grupos especiais (tais como idosos e insuficientes hepáticos e renais). Assim, ainda é bastante comum a utilização na prática clínica dos derivados cumarínicos (varfarina e acenocumarol), que, devido a uma estreita janela terapêutica e inúmeras interações farmacológicas e alimentares, necessitam de um controlo de INR apertado. Por outro lado, visando contrariar o desconforto causado aos doentes pelas deslocações mensais a unidades de saúde ou laboratórios, o corpo científico de várias empresas do ramo farmacêutico tem reunido esforços para o desenvolvimento de novas técnicas de monitorização para os doentes hipocoagulados. A utilização dos novos anticoagulantes orais revela ser um domínio científico ainda por descobrir. Apesar de já existirem dados farmacocinéticos relevantes, as novas moléculas ainda carecem de antídotos capazes de reverter eficazmente o seu efeito.