Edições UAlg
Permanent URI for this community
Browse
Browsing Edições UAlg by Title
Now showing 1 - 10 of 179
Results Per Page
Sort Options
- Acerca do processo de neolitização no actual território português: modelos em debatePublication . Diniz, MarianaPretende-se com este texto apresentar um modelo de neolitização para o actual território português que, integrando componentes das leituras difusionista e indigenista, procura discutir os diferentes papéis desempenhados por “colonos” e “indígenas” ao longo deste processo. Este modelo de neolitização por Fusão Diferencial foi criado como uma proposta alternativa aos modelos disponíveis na bibliografia arqueológica que não explanam a totalidade das características da evidência empírica, e construído a partir da reflexão suscitada pelos dados recolhidos no povoado do Neolítico antigo da Valada do Mato, Évora, onde a presença, sobre uma matriz cultural neolítica, de elementos de tradição mesolítica, apontava para uma miscigenação de realidades indígenas e exógenas na constituição deste sistema cultural.
- Achados isolados das antigas sociedades camponesas em São Brás de Alportel (distrito de Faro): testemunhos da ocupação pré-histórica do territórioPublication . Pereira, Angelina; Carvalho, António Manuel Faustino de; Valente, Maria João; Carvalho, António FaustinoO estudo arqueológico do atual concelho de São Brás de Alportel (Algarve) teve um início precoce, que remonta ao final do século XIX com os trabalhos de Estácio da Veiga. No que concerne ao Neolítico, este autor regista apenas alguns artefactos em pedra polida ou afeiçoada na então “Freguezia de S. Braz”. No presente trabalho, para além da retoma dos dados de Estácio da Veiga e de achados posteriores, apresentam-se dois machados inéditos, ambos achados no Barrocal são-brasense. O primeiro, proveniente do sítio de Machados, foi encontrado numa encosta suave de um pequeno esporão abrigado na margem direita da Ribeira dos Machados, orientada a nascente. Apresenta-se muito danificado por uso. O segundo, proveniente do sítio da Fonte Velha (Mealhas), foi encontrado numa pequena plataforma com grandes afloramentos de calcário, orientada a sul. O machado apresenta o gume intacto, parecendo nunca ter sido usado. Em ambos os casos, trata-se de locais topograficamente dominantes na paisagem. Ainda que estas peças possam testemunhar práticas agrícolas off site, não se pode também excluir a possibilidade de estarmos perante sítios enterrados por identificar. Por outro lado, o estado não usado da peça de Fonte Velha pode ser indicativo de um contexto não residencial.
- Achegas para a atividade artística do padre António Soares da Silva (1716-1770) no âmbito do rococó minhotoPublication . Lopes, Raúl C. SampaioO rococó minhoto foi um fenómeno em que, sob a tutela de dois arcebispos de sangue real, D. José de Bragança e D. Gaspar de Bragança, num momento notável de prosperidade da região, com as múltiplas confrarias e ordens religiosas a rivalizar na decoração dos seus espaços, se desenvolveu uma arte singular com sua mais característica inspiração nas gravuras ornamentais e livros de arquitetura que vinham em grande quantidade sobretudo de Augsburgo e de Paris. Para só falar dos mais profícuos autores, os estudos impulsionadores mais importantes deste fenómeno foram desenvolvidos nas décadas de 1950-1970 por Germain Bazin, Flávio Gonçalves, John Bury, Marie-Thérèse Mandroux-França e Robert C. Smith, com as suas famosas publicações sobre Frei José Vilaça (1731-1809) e André Soares (1720-1769), e foram depois revistos, corrigidos e expandidos até à atualidade por, entre outros, Aurélio de Oliveira, Manuel Joaquim Moreira da Rocha e Eduardo Pires de Oliveira, cuja tese de doutoramento sobre André Soares data de 20111. Em 2014, acrescentei eu próprio algo a esta já larga bibliografia, tentando dar uma imagem global do fenómeno e alguma importância a outros artistas menos estudados neste contexto, como o padre António Soares da Silva (1716-1770), o entalhador António da Cunha Correia Vale (ativo 1745-1791), o jovem Carlos Amarante (1748-1815) ou um misterioso e hipotético “mestre de Labruja”2. Neste artigo, é sobre a personalidade artística do primeiro, o irmão mais velho de André Soares, que me quero deter, retomando e desenvolvendo o estudo feito anteriormente.
- Água, Hortas e Identidade no Barrocal Algarvio. Saberes ancestrais, problemáticas actuaisPublication . Tomé, SóniaO renovado interesse em possuir uma horta destinada ao auto-consumo, ou sugerir a alguém o cultivo de hortícolas em espaço próprio, reflecte, directamente, alguns dos problemas mais agudos das sociedades actuais, com tendência a agravarem-se num futuro próximo, como crises económicas, necessidades e desperdícios alimentares, segurança alimentar e saúde pública. Indirectamente, a poluição das águas e dos solos, alterações climáticas globais, etc. Neste contexto, em Portugal, na Europa e noutras partes do Mundo vão surgindo “Hortas Sociais”, “Hortas Comunitárias”, “Hortas Pedagógicas”… e muitas outras iniciativas alusivas à horta, tais como Mercadinhos, Feiras e Cabazes, Oficinas e Workshops, Rotas ou Passeios Pedestres. No entanto, antes deste renovado interesse pelas hortas à escala nacional e supranacional, estimulado pelas referidas problemáticas da sociedade actual, há muito que as gentes do Barrocal Algarvio, reconhecem e valorizam a sua importância, embora os motivos para a cultivar tenham variado ao longo dos tempos (Tomé, 2008). Foi a forte identificação das gentes à horta e ao modo de vida rural, que fizeram com que a sua prática fosse mantida até à actualidade, ainda que em menor escala.
- Algar do Bom Santo: a research project on the Neolithic populations of Portuguese Estremadura (6th-4th millennia BC)Publication . Carvalho, António FaustinoO presente artigo tem como propósito a apresentação do conteúdo, âmbito e objectivos do projecto de investigação consignado ao estudo da gruta-necrópole neolítica do Algar do Bom Santo (freguesia da Abrigada, concelho de Alenquer). Quando pertinentes, incluem-se também breves descrições preliminares dos resultados dos trabalhos de campo realizados neste sítio pela Dra. Cidália Duarte entre 1994 e 2001. No seu essencial, o texto que se segue corresponde à componente técnico-científica do projecto submetido a financiamento à Fundação para a Ciência e a Tecnologia, razão pela qual, aliás, se encontra redigido em língua inglesa. As principais alterações tiveram em vista a introdução de um maior desenvolvimento das diversas partes que compunham o conjunto da candidatura, assim como o seu encadeamento numa sequenciação lógica. Acrescentou-se ainda uma bibliografia mais completa e algumas fotografias obtidas aquando dos referidos trabalhos de campo.
- Algarve como viagemPublication . Belo, DuarteÉramos quatro e estávamos na Primavera de 1991 quando chegámos a Almodôvar, sede de concelho limite-sul do distrito de Beja. O objetivo era caminharmos na direção da serra do Caldeirão. No primeiro dia o tempo manteve-se carregado. Choveu ocasionalmente. Mais tarde as condições meteorológicas haveriam de melhorar, não deixando o céu, no entanto, de permanecer pontuado por nuvens. O objetivo da caminhada era o atravessamento, e registo fotográfico, daquela montanha pouco elevada do Sul de Portugal. Foi assim que pela primeira vez pisei o solo algarvio. No passado, mesmo nas férias de verão, o destino da família eram as praias do Norte, da Consolação, perto de Peniche, ou Vila do Conde. Naquela viagem de 1991 não chegaria à orla marítima. A caminhada tinha terminado em Loulé, cidade a partir da qual regressaria a Lisboa, e, depois, ao Porto, onde então estudava. Levava agora comigo um conjunto de imagens, ainda latentes, em película a preto e branco, de uma realidade espacial substancialmente diferente daquelas de outras serranias do Norte de Portugal, que já havia percorrido. A serra do Caldeirão parecia apresentar uma paisagem relativamente monótona, enrugada em cabeços erodidos de solos de xisto pobres, vales, por vezes, relativamente cavados, sempre com pouca água. O coberto vegetal era escasso, fundamentalmente arbustivo e o povoamento humano muito rarefeito. Esta é uma das paisagens menos povoadas de todo o território português.
- Algo más que un inventario documental: la relação de papéis do cartório de la casa de Vila RealPublication . Sánchez-González, AntónioEn España se conserva una interesante documentación sobre los Meneses de Portugal, que fueron condes y marqueses de Vila Real, condes de Valença y Valadares, duques de Caminha y otros títulos, además de capitanes generales de Ceuta, de quienes ya nos hemos ocupado en otros trabajos1. Estos Meneses tuvieron un trágico final durante los acontecimientos de la insurrección secesionista portuguesa de la Monarquía española, conocida como “Restauração de Portugal”, que propiciaron la entronización de la Casa de Bragança en Portugal, por mantener su lealtad a la Monarquía de la dinastía Filipina de la Casa de Habsburgo. Como medidas de castigo, por lo que se consideró una traición, los bienes de la Casa de Vila Real fueron confiscados por orden de D. João IV, incluido el Archivo familiar. Sin embargo, los descendientes de estos Meneses que estaban afincados en España se hicieron con alguna documentación familiar que, por alianzas matrimoniales sucesivas con otros nobles españoles2, hoy se conserva formando parte del Archivo de la Fundación Casa Ducal de Medinaceli3, con sede en la ciudad española de Toledo, dentro de la sección denominada “Camiña”4. Entre esa documentación se encuentra, a modo de inventario del Archivo de la Casa de Vila Real, la Relação das doaçoes, previlegios, sentenças, bullas apostolicas e mais papeis do Cartório da Casa de Villa Real, elaborada en 1630 por orden del marqués, sobre la que tratamos en este artículo.
- An iberian perspective on upper paleolithic plant consumptionPublication . Haws, JonathanDavid Clarke, in his essay "mesolithic Europe: the economic basis" (1976), challenged the " meat fixation" of archaeologists and highlighted the potential for intensive plant use in Europe prior to the introduction of agriculture. He argued that plants likely made up 60-80% of the diet of prehistoric hunter-gatherers in Europe. Indeed,ethnographically known hunter-gatheres in temperate regions incororate such percentages of plants in their diet (Kelly, 1995). The only area where meat completely dominates is the Artic, where the lack of edible plants during much of the year leaves little choice. Even in this extreme, people are known to eat the contents of reindeer stomachs and exchange meatfor seaweed with coastal peoples (Clark, 1952).
- Análisis de las estructuras emergentes de la ermita de San Mamés en Rosal de la Frontera (Huelva)Publication . Osa Fernández, Omar Romero de la; Carretero Fernández, María; Valente, Maria João; Carvalho, António FaustinoA partir del análisis de los restos materiales conservados de la ermita de San Mamés (Rosal de la Frontera, Huelva) fechables entre fi nales del siglo XIII y comienzos del XIV, se refl exiona acerca de la función de la iglesia rural en el proceso repoblador emprendido en la Sierra de Aracena durante la Baja Edad Media. La iglesia defi ne la sociedad de esta época, siendo un indicador entre los poderes de las élites y la comunidad de campesinos. El objetivo es doble, de un lado profundizar en la arquitectura medieval de la Sierra de Aracena y, de otro, establecer la funcionalidad de la iglesia rural en el proceso repoblador de la zona.
- Análisis traceológico del taller de sílex del Neolítico antiguo de Vale Santo 1 (Sagres, Vila do Bispo)Publication . Gibaja, Juan Francisco; Carvalho, António FaustinoEl yacimiento de Vale Santo 1 se localiza en una extensa plataforma litoral que seextiende al norte de la población de Sagres (Vila do Bispo), en un paisaje conformado por dunas (Fig. 1). De hecho, el lugar scogido para esta ocupación prehistórica correspondea una duna poco elevada, que ha estado parcialmente afectada por un proceso de ex-tracción de arenas.Los primeros trabajos de excavación tuvieron lugar en 1998, siendo dirigidos por N. F. Bicho en el marco de su proyecto de investigación “ A ocupação humana paleolíticado Algarve”. Estos trabajos permitieron definir la estratigrafía del yacimiento (en el que sepreservaba un único nivel arqueológico), recuperar un primer conjunto de materiales yobtener una datación absoluta sobre conchas (Thais haemastoma), que ofreció una cro-nología correspondiente al Neolítico antiguo (Wk-6673: 6.340 ± 120 BP), en base a lacorrección del “efecto de reservatorio oceánico”. Una síntesis de estos primeros resulta-dos arqueológicos ya ha sido publicada (Bicho et al., 2000), si bien la parte referida a losanálisis arqueofaunísticos es la que ha recibido un tratamiento más profundo (Stiner et al.,2003; Stiner, 2003).
