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  • Portugal e a cultura europeia (séculos XVI a XVIII)
    Publication . Mendes, António Rosa
    Quando há poucos meses atrás, corria Outubro de 2006, me chegou a notícia da reedição da obra em epígrafe, a minha reacção foi de exultação. – Finalmente! E quando, tendo-me precipitado a encomendar o livro, alvoroçadamente o folheei e percorri, àquele sentimento de júbilo sucedeu uma imensa, funda, clamorosa decepção. Como passo a explicar. O Professor José Sebastião da Silva Dias desapareceu já lá vai mais de uma dúzia de anos, em 1994, e, antes ainda desta data, dos escaparates a maior parte da sua ímpar produção historiográfica. Hoje, há muito que ela não está acessível ao público. Por diversas vezes e em diversas sedes – aliás, sempre que para tanto lobrigo ensejo –, me tenho insurgido contra tão ominoso ostracismo, que não pode deixar de envergonhar a cultura portuguesa – essa mesma cuja história ele iluminou com a sua lucilante inteligência aliada a uma tão fecunda quanto prodigiosa erudição.
  • A Filosofia Jurídico-Política do Krausismo Português
    Publication . Oliveira, António Dias
    É sempre com agrado que iniciamos a leitura dum texto que trata o krausismo no nosso país, em particular este que foi objecto de dissertação de doutoramento e que, numa análise escorreita, se centra nos três docentes da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra que, bem vistas as coisas, foram responsáveis pela magna difusão desta corrente neste “reino de noventa léguas”, epíteto, ao que parece, com que Garrett mimoseava o solo que o viu nascer. Cumpre-nos, em primeiro lugar, fornecer uma breve panorâmica sobre esta produção escrita. Deste modo, temos que asseverar que a obra se inicia por uma introdução onde se procura debater a questão das filosofias nacionais e mais em particular da filosofia krausiana portuguesa, discutindo a pertinência de tal conceito. A esta breve exposição segue-se um sumário bosquejo sobre a época histórica em que esta corrente se insere. Após a citada introdução, entra a autora, seguindo o fio lógico anteriormente delineado, no estudo das correntes krausianas. Neste particular, opta por dedicar grande parte do seu labor à exposição da filosofia de Krause (1781-1832), com um pequeno apartado sobre os seus mais conhecidos discípulos: Ahrens (1808-1874) e Tiberghien (1819-1901). No que concerne ao krausismo espanhol, expõe mais enfaticamente a vida e obra de Julián Sanz del Río (1814-1869), Francisco Giner de los Ríos (1839-1915) e Nicolás Salmeron (1838-1908).
  • Das casas de trave às casas de espigão: processos de transformação dos montes da Serra do Caldeirão
    Publication . Costa, Miguel Reimão
    À serra do Caldeirão está associada uma arquitectura vernacular própria que se distingue da dos territórios vizinhos. É esta a concepção que se infere da generalidade das abordagens que, de modo mais ou menos aprofundado, incidem sobre o tema. A caracterização da habitação serrana ocorre frequentemente por contraposição à habitação do Algarve Litoral e Barrocal e por integração nas áreas de montanha reconhecidas como espaços de preservação de hábitos e estruturas arcaicas. A investigação que tem vindo a ser desenvolvida neste território1 tem, no entanto, permitido reconhecer um processo diacrónico de transformação da sua arquitectura vernacular que é legível, tanto ao nível morfológico como sintáctico, na grande maioria dos assentamentos da serra. Pretende-se com o presente artigo descrever de forma genérica os diferentes ciclos que conformam esse processo e elaborar, a partir dessa descrição, um diagrama de reinterpretação das plantas integrais de alguns aglomerados que têm vindo a ser elaboradas. Procurar-se-á, numa fase inicial, proceder a uma primeira aproximação ao tema através da (re)leitura articulada de alguns escritos, privilegiadamente datados do segundo e terceiro quartéis do século passado que levantam, em conjunto, algumas questões que a descrição subsequente do processo de transformação dos assentamentos poderá clarificar.
  • O retábulo indo-português de Damão e Diu
    Publication . Reis, Mónica
    Na arte indo-portuguesa existem peças de valor excepcional que, devido ao reconhecimento da sua qualidade artística intrínseca, têm sido alvo de estudos que permitem o desvendar das suas significações formais e iconográficas que, com o passar dos séculos, foram ficando à margem da memória. Nesse grupo de objectos excepcionais encontram- -se por exemplo, as peças de mobiliário como contadores e mesas executadas na extraordinária madeira de teca, ébano e sissó entre outras, ou as peças de ourivesaria trabalhadas nos detalhes, as figuras de vulto esculpidas em madeira ou marfim, tapeçarias, entre outros. Todos estes objectos preservaram-se no tempo e no nosso território por terem sido alvo de encomendas e de trocas comerciais entre Portugal e o território do sub-continente indiano, no entanto, estes fazem parte de um espólio ainda mais vasto que subsiste no espaço oriental. Neste grupo de objectos artísticos indo-portugueses encontra-se aquilo que é a expressão máxima da arte da talha – o retábulo, que enobrece os interiores das igrejas edificadas pelos portugueses entre os séculos XVI-XVIII.
  • Comunidades medievais cristãs do Alto Mondego: projecto de estudo das estratégias de ocupação do território
    Publication . Tente, Catarina
    O presente artigo pretende dar a conhecer o estado do conhecimento sobre a ocupação medieval cristã no Alto Mondego, no enquadramento do projecto de investigação apresentado a concurso na Fundação para a Ciência e Tecnologia sob o título “O Alto Mondego: terra de fronteira entre Cristãos e Muçulmanos”, o qual, decorrendo sob a direcção científica geral de Rosa Varela Gomes, foi aprovado para financiamento e encontra-se em curso desde Maio de 2007. O principal objectivo do projecto é o aprofundamento dos conhecimentos sobre as transformações do espaço rural e de fronteira que ocorreram nesta região entre os séculos VI e XII. Tratando-se de uma área regional onde praticamente não há referências a documentos anteriores ao século XII, a utilização de métodos próprios da arqueologia e das ciências auxiliares é um meio fundamental para a obtenção de conhecimentos sobre as sociedades medievais que ocuparam este espaço.
  • Salgados – um sítio com produção de ânforas. Contributo para o estudo da ocupação romana no estuário da ribeira de São Lourenço (Almancil – Loulé – Faro)
    Publication . Bernardes, João Pedro; Dias, Fernando; Santos, Marco; Carrusca, Sofia; Mendonça, Vânia
    O sítio arqueológico dos Salgados localiza-se junto à margem esquerda da ribeira de São Lourenço, aproximadamente a 400 m para SE do dique do Ludo. Administrativamente pertence à freguesia de Almancil, concelho de Loulé, a algumas dezenas de metros da linha divisória entre este concelho e o de Faro (Fig. 1). A área com os vestígios arqueológicos situa-se junto a um pequeno olival circundado por um vasto pinhal e pomar de citrinos, sob as coordenadas 7° 59’ 27’’ Long. W e 37° 02’ 53’’ Lat. N. Neste local observam- se inúmeros materiais cerâmicos de cronologia romana à superfície e num corte existente no terreno. Tendo este arqueosítio sido identificado, ocasionalmente, na sequência de um percurso pedestre em Março de 2004, por um grupo de alunos da Universidade do Algarve que deu conhecimento ao Prof. Doutor João Pedro Bernardes, e verificando-se estar o sítio inédito, surgiu a oportunidade e o incentivo para a realização do presente artigo.
  • A tholos do cerro do Malhanito (Alcoutim). Resultados das escavações arqueológicas efectuadas
    Publication . Cardoso, João Luís; Gradim, Alexandra
    A tholos do Cerro do Malhanito, perto do lugar do Monte da Estrada, da Freguesia de Martinlongo, concelho de Alcoutim, foi identificada por um de nós (A. G.), no decurso do acompanhamento de acções de repovoamento florestal, constando do respectivo Relatório apresentado ao Instituto Português de Arqueologia com o número de inventário A-225 (Gradim, 1999). Possui as seguintes coordenadas: 37° 23’ 21’’ lat. N; 7° 51’ 49’’ long. W. Sobre os resultados das escavações deste importante monumento calcolítico, publicaram- se já dois trabalhos: o primeiro, destinou-se a dar a conhecer os principais resultados obtidos, incidindo especialmente sobre a arquitectura do sepulcro e considerações genéricas sobre a natureza de pelo menos uma inumação nele realizada, no Bronze Final / I Idade do Ferro, apresentado em 2003 ao 2.º Encontro de Arqueologia do Algarve. (Cardoso & Gradim, 2005). Este último aspecto, incluindo a publicação do espólio cerâmico que àquela ou àquelas pôde ser reportado, foi desenvolvido em estudo próprio, publicado por um de nós (J. L. C.) no volume de homenagem ao Professor Jorge de Alarcão (Cardoso, 2004). Faltava, no entanto, publicar o espólio calcolítico exumado, ainda totalmente inédito, bem como concluir a publicação dos materiais relacionados com a ocupação mais moderna do monumento. O presente trabalho destina-se a satisfazer aquele objectivo, apresentando e actualizando a discussão e as conclusões de tudo quanto até agora dele se publicou.
  • Algar do Bom Santo: a research project on the Neolithic populations of Portuguese Estremadura (6th-4th millennia BC)
    Publication . Carvalho, António Faustino
    O presente artigo tem como propósito a apresentação do conteúdo, âmbito e objectivos do projecto de investigação consignado ao estudo da gruta-necrópole neolítica do Algar do Bom Santo (freguesia da Abrigada, concelho de Alenquer). Quando pertinentes, incluem-se também breves descrições preliminares dos resultados dos trabalhos de campo realizados neste sítio pela Dra. Cidália Duarte entre 1994 e 2001. No seu essencial, o texto que se segue corresponde à componente técnico-científica do projecto submetido a financiamento à Fundação para a Ciência e a Tecnologia, razão pela qual, aliás, se encontra redigido em língua inglesa. As principais alterações tiveram em vista a introdução de um maior desenvolvimento das diversas partes que compunham o conjunto da candidatura, assim como o seu encadeamento numa sequenciação lógica. Acrescentou-se ainda uma bibliografia mais completa e algumas fotografias obtidas aquando dos referidos trabalhos de campo.
  • El Neolítico del Noreste de la Península Ibérica: caracterización del utillaje lítico tallado
    Publication . Gibaja, Juan Francisco; Terradas, Xavier; Palomo, Antoni
    Los contextos neolíticos de la costa mediterránea española siempre han sido objetode estudio por parte de los prehistoriadores, por ser una zona de vital importancia para comprender el origen, desarrollo y avance del neolítico en la Península Ibérica. Actualmente no es posible entender el proceso de neolitización peninsular y su consolidación sin recurrir a la información ofrecida por los numerosos yacimientos encontrados en Cataluña y Valencia. En el caso de Cataluña, tanto las características del registro arqueológico, como las paulatinas dataciones radiométricas realizadas de manera sistemática, especialmente, en estos últimos años, han sido los ejes sobre los que se han sustentado las heterogéneas periodizaciones establecidas. El número de periodos y subperiodos, los criterios que dan respuesta a esa división, la horquilla cronológica asociada a cada periodo, etc., dependen absolutamente de cada investigador. Evidentemente, uno de los elementos que más han influenciado y al que siempre se ha recurrido para construir tales periodizaciones ha sido el de la forma y la decoración de la cerámica.
  • Sobre el origen y difusión del Neolítico en la Península Ibérica, ca. 5600-5000 cal a.C.
    Publication . Bernabeu Aubán, Joan
    Desde la década de los años 90 del pasado s. XX los estudios sobre el Neolítico vivieron una auténtica revolución empírica. Fruto de proyectos de investigación programados e intervenciones de urgencia, se excavaron y dieron a conocer una amplia serie de nuevas estaciones ubicadas dentro y, sobre todo, fuera de las regiones “clásicas”: el área mediterránea peninsular. Esta ampliación de la base documental que incluye también, por primera vez, y de manera destacada a Portugal, debiera permitir la evaluación de los modelos propuestos para explicar la neolitización. Sin embargo, esto no resulta exactamente así. Sabemos que los niveles de los yacimientos prehistóricos distan mucho de ser contextos cerrados.