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Mendonça Seabra da Silva Andrade de Carvalho, Ana Alexandra

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  • Claude Crébillon e a reinvenção da cortesia
    Publication . Carvalho, Ana Alexandra Mendonça Seabra da Silva Andrade de
    Neste estudo, sintetizamos o modo como Claude Crébillon (1707-1777) se faz herdeiro da cortesia enquanto código retórico-amoroso que pontifica no discurso literário francês desde as suas origens trovadorescas, a molda e a reinventa, tendo em conta o contexto da libertinagem galante que caracteriza o seu tempo.
  • Topique(s) du public et du privé dans "Les Lettres Athéniennes" de Claude Crébillon: libertinage et roman épistolaire
    Publication . Carvalho, Ana Alexandra Mendonça Seabra da Silva Andrade de
    Lorsque Claude Crébillon publie son dernier roman en 1771, Lettres athéniennes, il y remploie, quoique d’une façon esthétiquement encore plus complexe et élaborée, tous les topoї concernant le langage galant au service du libertinage et la convention de la fiction de l’authenticité du roman épistolaire, tellement à la mode chez les lecteurs de son temps.
  • A metamorfose em Claude Crébillon
    Publication . Carvalho, Ana Alexandra Mendonça Seabra da Silva Andrade de
    Neste artigo, estudaremos os sentidos da metamorfose em quatro narrativas de Claude Crébillon: Le Sylphe, ou Songe de Madame de R*** écrit par elle-même à Madame de S*** (1730); L’Écumoire ou Tanzaï et Néadarné. Histoire japonoise (1734); Le Sopha. Conte moral (1742); e Ah Quel Conte! Conte politique et astronomique (1754). Enquanto contista, o autor recupera e transforma um vasto fundo cultural onde se cruzam as diferentes tradições associadas ao maravilhoso. Os vários sentidos da metamorfose serão aqui considerados quer enquanto processo estético-literário problematizador do exotismo maravilhoso na literatura coeva, quer como um meio lúdico e transgressor de criticar tanto a moral e os costumes excessivamente hedonistas, como as manobras do poder político. Assim, nestas obras, o processo da metamorfose está ao serviço da visão crítica sobre a literatura e a sociedade que caracteriza a poética de Crébillon.
  • A sedução libertina como arte do equívoco em Crébillon e Laclos
    Publication . Carvalho, Ana Alexandra Mendonça Seabra da Silva Andrade de
    De entre toda a literatura que encena a libertinagem, de Ovídio aos nossos dias, Claude Crébillon e Laclos terão sido daqueles que mais argutamente trataram a questão da linguagem equívoca de Eros. No universo fechado e policiado em que circulam as suas personagens, feira de vaidades tão requintada como cruel, o duplo sentido das palavras, não detectado a tempo ou mal interpretado, pode conduzir a uma mise à mort, mesmo quando apenas moral e social, da incauta vítima. Cerimonial estratégico, a sedução é aqui uma relação dual e agonística que visa a derrota/conquista do objecto do desejo, por vezes de forma violenta, empregando o sedutor todas as armas à sua disposição. Discurso essencialmente estratégico, a sedução utiliza um código linguístico e retórico que dissimula as reais intenções do libertino sob a máscara do discurso amoroso.
  • Aspectos da poética da indecidibilidade do sentido em Claude Crébillon
    Publication . Carvalho, Ana Alexandra Mendonça Seabra da Silva Andrade de
    Evocação da obra narrativa de Claude Crébillon sob o prisma do espírito do jogo da sedução como duplo projeto autoral, ético e estético, tanto de desmascaramento do artifício da retórica da sedução amorosa quanto do jogo de sedução, provocação e poder envolvendo o leitor.
  • Introdução
    Publication . Carvalho, Ana Alexandra Mendonça Seabra da Silva Andrade de
    Necessariamente breve, visto se apresentar como uma carta, e evocando um bibelot rococó pela sua graciosidade e elegância, tanto de espírito como de linguagem, Le Sylphe revela-se, porém, uma forma literária complexa pelo modo como harmoniza as convenções de alguns dos géneros narrativos prediletos no seu tempo: a epístola, o conto e o diálogo. Contudo, esta combinatória permite o jogo ambíguo entre o real e o sobrenatural, qual conto fantástico avant la lettre. Mas ela contribui, também, para a problematização das fronteiras dos géneros narrativos no contexto do seu tempo.
  • Sentidos da extravagância dos contos em Le Sopha e Ah quel Conte! de Claude Crébillon
    Publication . Carvalho, Ana Alexandra Mendonça Seabra da Silva Andrade de
    Em Le Sopha e Ah quel Conte!, Crébillon recorre à extravagância para problematizar o exotismo maravilhoso na literatura coeva e propor uma reflexão sobre questões de natureza moral e política. Metempsicose, metamorfoses, encantamentos, extraídos do vasto fundo de motivos do conto maravilhoso, alimentam a imaginação criadora do autor, que, fiel à ironia da sua poética do jogo, se serve da bizarria feérica e orientalizante para criticar os costumes, à maneira da comédia molieresca. O desvelar decente das máscaras sociais insere-se numa busca do verdadeiro amor, o qual não corresponde à ideologia preciosa, mas deve integrar harmoniosamente “le coeur, l’esprit et les sens”, algures entre o amor puro inacessível e o puro desejo mascarado de falso sentimento. Estes contos galantes orientais são, pois, obras ao serviço de uma visão irónica e céptica da sociedade.
  • Claude Crébillon, chroniqueur du libertinage chez la bonne compagnie
    Publication . Carvalho, Ana Alexandra Mendonça Seabra da Silva Andrade de
    Dans cet article je propose une lecture des récits de Claude Crébillon (1707-1777) comme une suite de chroniques du libertinage de « la bonne compagnie » du temps de la Régence de Philippe d’Orléans et du règne personnel de Louis XV. Injustement traité de licencieux, frivole, voire libertin, « Girgiro, l’entortillé », épithète que l’auteur doit à la tortuosité de son style, entreprend dans tous ses récits, d’un oeil fin et ironique, une sorte de voyage philosophique à travers les différents jeux de pouvoir et de séduction, en présentant à son lecteur une chronique du libertinage mondain de son époque, dont il dévoile la fausseté dans tous ses états.
  • A figura de Schah-Baham nos contos orientais de Claude Crébillon
    Publication . Carvalho, Ana Alexandra Mendonça Seabra da Silva Andrade de
    Neste artigo, analisa-se a figura do sultão Schah-Baham, personagem de duas narrativas de perfume oriental da autoria do francês Claude Crébillon (1707-1777), Le Sopha e Ah, quel conte!. Apresentado como neto do par nuclear das Mil e Uma Noites, Schah-Baham caracteriza-se pela idiotice. O seu interesse pelos contos que escuta resume-se aos pormenores eróticos e vulgares, revelando-se um auditor ingénuo, apressado, mas tirano. Contudo, não se coíbe de tecer comentários reveladores do seu medíocre entendimento dos sentidos profundos das histórias narradas, mostrando-se fascinado pelos aspetos superficiais dos contos. Os dislates do sultão servem, porém, de alerta ao leitor relativamente a pistas interpretativas falsas, quer no que diz respeito à desvalorização literária dos contos orientais e do género romanesco, quer a uma crítica psicológica, social e política de alto risco, uma vez que o idiota aqui representado constitui uma figuração do próprio soberano absolutista, o rei Luís XV, e da corte francesa.
  • Libertinage et prise du pouvoir chez Claude Crébillon
    Publication . Carvalho, Ana Alexandra Mendonça Seabra da Silva Andrade de
    On qualifie souvent de libertines les œuvres de Claude Crébillon (1707-1777). En effet, si le libertinage y est omniprésent, il n’y est jamais défendu par le romancier. Son analyse des mœurs de l’aristocratie française (surtout pendant la Régence et le règne de Louis XV), dévoile plutôt les masques rhétoriques de la sensualité, de la vanité et de l’ambition politique démesurée. À la manière sophiste, la persuasion libertine s’accomplit par le jeu rhétorique de la parole séductrice et pour cela il faut décevoir, intimider, conquérir et humilier l’amour-propre de la victime. C’est la victoire ambitionnée par les libertins cyniques, lucides et calculateurs, brillants stratèges et tacticiens du jeu de la séduction, qui, à cette maîtrise performative, allient un système analytique et théorisant qui concerne soit les rapports amoureux entre les sexes, soit les rapports didactiques établis entre le maître et ses disciples, soit encore les rapports politiques qui peuvent s’établir entre le libertin et la société. En ce sens, le libertinage est transgressif et Crébillon, qui n’est pourtant jamais réconfortant, s’en sert pour dévoiler, avec une subtile finesse, les ridicules et les vices de l’aristocratie, son unique objet d’enquête. Cependant, le moraliste lucide pénètre aussi les rapports sociaux, en faisant du roman un véhicule idéologique de la mise en question de plusieurs systèmes politiques.