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Vilhena Mesquita, José Carlos

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  • Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma música: um episódio quase anedótico com o ministro Duarte Pacheco
    Publication . Mesquita, José Carlos Vilhena
    Apesar de Salazar ser um ultraconservador, antidemocrata e antipartidário, de espírito rural, atreito a modernismos e inovações reformistas, teve no seio do seu primeiro governo uma figura de marcante iniciativa, contagiante ativismo, destacado empreendedorismo e de fulgurante reputação, que foi o Eng.º Duarte Pacheco. Não foi um convicto partidário do corporativismo salazarista, ate porque nas manifestações oficiais e públicas, em que intervinha, não fazia a saudação fascista nem evidenciava o júbilo esfuziante, quase fanático, dos outros ministros e acólitos do «Estado Novo». Inclino-me a aceitar que Duarte Pacheco nunca foi um fascista, na verdadeira asserção do termo, mas já não tenha duvidas quanto as suas convicções nacionalistas.
  • Júdice Fialho, o maior industrial conserveiro do Algarve
    Publication . Mesquita, José Carlos Vilhena
    A figura mais notável da História da Indústria Conserveira no Algarve, foi sem sombra para dúvidas João António Júdice Fialho, um homem inteligente e empreendedor, que nas primeiras décadas do século XX conseguiu conquistar os principais mercados europeus com as suas conservas de atum e de sardinha, mas também com as suas massas alimentícias, compotas e marmeladas. Foi dos poucos industriais das pescas que há mais de um século atrás soube visionar o conceito de globalização à escala atlântica, investindo na aquisição de modernos meios de transformação industrial do pescado, cujos avultados lucros lhe permitiram diversificar a produção e reinvestir noutros segmentos de mercado.
  • Tomás Cabreira (1865-1918) - Figura cimeira da República e nobre precursor do turismo no Algarve
    Publication . Mesquita, José Carlos Vilhena
    Tomás Cabreira, pela sua eloquência e erudição, pela sua linhagem e nobreza de espírito, pela sua conduta moral e cívica, pela sua obra científica e superior acção como estadista, pode e deve ser considerado como um dos maiores vultos da história contemporânea do Algarve. Foi, acima de tudo, um idealista e um visionário, pois que a ele se devem os novos modelos de análise económica que usou para planear o futuro do país, nos períodos em que ocupou as cadeiras ministeriais durante os anos conturbados da I Grande Guerra. Por outro lado, idealizou de uma forma premonitória o Turismo como o sector de maior potencialidade no incremento da economia nacional. Numa altura em que o turismo era ainda uma atividade incipiente – prática exótica da burguesia possidente do sul da Europa – já Tomás Cabreira alertava as autoridades públicas e os empresários para se unirem num projeto de fomento nacional, capaz de oferecer a quem nos visita as melhores condições de alojamento, segurança, conforto e lazer. Além de militar, herdeiro genético duma notável plêiade marcial, Tomás Cabreira foi acima de tudo um intelectual, profícuo cultor das ciências e das letras, um espírito superior do saber e da probidade, da integridade moral e da lealdade cívica, um servidor da pátria e da causa pública, que pautou toda a sua existência pela honestidade dos seus procedimentos, mercê da sua indomável perseverança contra a injustiça, a infâmia e a perfídia. Na primeira parte deste trabalho descrevemos e analisamos o seu trajecto biográfico, repartindo-o pelas diferentes fases em que se desenrolaram as suas principais atividades sociais, profissionais, ideológicas políticas e culturais. Na segunda parte, abordamos o papel pioneiro de Tomás Cabreira na descoberta das invulgares potencialidades do Algarve para o incremento do Turismo, enquanto sector de fomento económico para a sustentabilidade da sua tão almejada autonomia administrativa da região. Na minha humilde opinião cabe a Tomás Cabreira a honra de ter inventado o turismo moderno no Algarve.
  • Uma viagem através da Luz
    Publication . Mesquita, José Carlos Vilhena
    Este livro gira em torno duma espécie de viagem cósmica impulsionada à velocidade da luz pela força da palavra. A ideia incomensurável do universo físico está patente neste livro através da persistente alusão aos seus elementos constituintes, com particular acinte na luz solar, fonte e gérmen de vida, nos astros que integram o nosso sistema astronómico (estrelas, cometas, planetas, quasares), assim como nas figuras que compõem o nosso universo mítico, como a fénix, a cobra alada, a pedra filosofal, os grifos das trevas e os cavaleiros do apocalipse, os mitos da Esfinge, de Andrómeda e de Prometeu, enfim toda uma panóplia de aparente fantasia científica, que aqui é tratada e transmitida de forma etérea na volatilidade do verso poético.
  • Projecto de encanamento para a Barra de Tavira. Feito por ordem de S. M. pela Comissão de Officiaes Engenheiros ao serviço no Reino do Algarve, em 1825
    Publication . Mesquita, José Carlos Vilhena
    O objectivo deste projecto consistia na construção de um canal que conduzisse o caudal do rio directamente para a embocadura da sua foz, abrindo assim uma barra artificial na zona conhecida por Bacia das Quatro Águas (onde fora originariamente a Barra de Tavira). Deste modo encurtavam-se percursos e evitavam-se os meandros em que se dispersava o leito natural do rio, condicionantes orográficas essas que, juntamente com as cheias de Inverno, facilitaram o progressivo assoreamento do Séqua ao longo de séculos, impedindo o acesso das embarcações mercantes de largo bojo e alta tonelagem ao porto comercial, situado muito próximo do actual Jardim Público.
  • O monografismo algarvio - O pioneirismo de Ataíde Oliveira
    Publication . Mesquita, José Carlos Vilhena
    Análise da notável obra de monografista do Algarve desenvolvida ao longo da vida do seu autor, o famoso presbítero e jurista, Francisco Xavier de Ataíde Oliveira. Neste artigo são revelados inúmeros pormenores da sua vida e obra, acentuando-se o facto de ter sido o mais notável e prolífero monografista português de todos os tempos. A região do Algarve deve-lhe a distinção de ter dado a conhecer ao país as volumosas monografias de Loulé, Olhão, e de várias outras localidades algarvias.
  • Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do século XX: em homenagem ao Prof. Manuel Viegas Guerreiro
    Publication . Mesquita, José Carlos Vilhena
    O Algarve na primeira metade deste século mantinha uma estrutura económica muito semelhante à do século passado. Quer isto dizer que os alicerces da sua economia regional permaneciam ainda assentes na agricultura, na pesca e indústria conserveira, no pequeno comércio e na manufactura artesanal. Todavia, a escassez dos recursos hidrográficos e as descontinuidades geomorfológicas, que numa espécie de anfiteatro decrescem de Norte para Sul, geraram assimetrias de desenvolvimento que mantiveram a serra adstrita a uma economia de subsistência, enquanto o litoral progredia no aumento da produção agro-industrial, na diversificação da oferta e na senda duma economia de mercado, ainda que incipiente.
  • O brasão da freguesia de Montenegro, em Faro
    Publication . Mesquita, José Carlos Vilhena
    A heráldica após o seu período áureo – marcado pelo processo de elitização social do Antigo Regime – perdeu os seus pergaminhos de exclusividade para se democratizar em benefício dum projecto nacional de identidade e unificação das pessoas em colectividades e em comunidades. Por isso se assistiu ao aparecimento da “heráldica de domínio” – mais propriamente uma heráldica municipalista – que depois de brasonar todos os concelhos estendeu-se muito recentemente às freguesias, numa onda de fobia heráldica sem precedentes, quiçá ameaçadora do rigor e credibilidade da velha tradição armorial. Foi o sentimento, a consciência e o espírito de Liberdade, que levou os habitantes do sítio do Montenegro a exigirem a sua emancipação, alcandorando-se ao estatuto de freguesia. Mas foi sobretudo a alma, a sensibilidade e a percepção da Fraternidade comunitária que os uniu, não só no caminho da sua autonomia administrativa como também na construção dos seus símbolos heráldicos.
  • Albufeira em 1950
    Publication . Mesquita, José Carlos Vilhena
    A leitura da monografia, Albufeira 1950, permite-nos constatar que são muitas as diferenças com a actualidade, evidenciando-se assim um caminho de progresso suscitado pelo incremento turístico do Algarve. À distância de meio século são gritantes e quase incomparáveis as alterações operadas no casco urbano da actual cidade de Albufeira, e até mesmo no ordenamento das freguesias concelhias. As razões do progresso justificam-se através do investimento no sector terciário, sobretudo no turismo, sendo igualmente de acentuar que, após o «25 de Abril», a autonomia do poder local tornar-se-ia no motor do desenvolvimento nacional. Acresce dizer que ao financiamento dos projectos autárquicos se sucedeu a introdução em larga escala de capitais da União Europeia, que suscitaram não só a abertura de novas vias de comunicação como ainda a modernização das estruturas produtivas.
  • Para a história da saúde no Algarve. As epidemias de cólera-mórbus no século XIX
    Publication . Mesquita, José Carlos Vilhena
    Os portos algarvios, que contribuíram para a prosperidade económica da região, implementando a exportação dos produtos naturais e facilitando o crescimento dos sectores pesqueiro e industrial, não deram só entrada às riquezas, como também por eles passaram algumas das desgraças que mais flagelaram este velho reino. Falamos dos surtos epidémicos que, a seu modo, constituíram um dos vectores condicionantes do crescimento populacional. O assunto é recorrente, poiscom Gibraltar, Norte de África e Espanha, conferiam-lhe um grau de risco difícil de comparar a outras regiões do país. Por outro lado, os costumes e mentalidades do nosso pov desde os primórdios da civilização ocidental que as sociedades humanas se debatem com o flagelo do contágio epidémico, que ao atingir proporções devastadoras se denomina vulgarmente por peste. Quando o surto é episódico ou sazonal costuma designar-se como pestilência, febre contagiosa ou sezão maligna. O Algarve, devido ao seu posicionamento geográfico, com portos afáveis e seguros, era uma espécie de “porta aberta” ao tráfego africano e ao afluxo mercantil dessa milenar estrada mediterrânica. Por isso, não nos surpreendem as constantes ofensivas epidémicas que ao longo do século XIX conspurcaram esta região e atemorizaram este povo. Para regulamentar a prestação de serviços médicos e auxiliar as populações, haviam-se instituído organismos públicos como a Real Junta do Proto-Medicato, que, entre outras funções, vigiava e avaliava a competência científica dos profissionais de medicina. Posteriormente substituída pela Junta de Saúde Pública, mais vocacionada para o combate epidemiológico e para a obstrução de contágios exteriores. Em boa verdade, o Algarve, não só pela sua situação geográfica como até pelo clima, então considerado insalubre, foi sempre achacado a febres infecciosas, sazonais, virulentas, contagiosas e epidémicas. A sua proximidade com Gibraltar, Norte de África e Espanha, conferiam-lhe um grau de risco difícil de comparar a outras regiões do país. Por outro lado, os costumes e mentalidades do nosso povo eram também responsáveis pela falta de higiene que grassava por todo o território nacional. Temos vários exemplos e diversas reclamações. Vejamos apenas uma, que nos pareceu verdadeiramente esclarecedora sobre a realidade que então se vivia.