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de Jesus Boto, Sandra Cristina

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Now showing 1 - 10 of 23
  • Património oral do concelho de Loulé
    Publication . Boto, Sandra
    Quando, em 1870, Estácio da Veiga publicou o seu Romanceiro do Algarve (que se destacou por ser a primeira colecção da região do Algarve e uma das primeiras em Portugal dedicada à literatura tradicional), muito longe se estaria de prever que uma obra tão completa, de cariz concelhio, viesse algum dia a lume. A obra a que me refiro é, naturalmente, Património Oral do Concelho de Loulé.
  • Do laboratório da escrita à escrita de laboratório: reflexões sobre genética textual, ciência e literatura
    Publication . Boto, Sandra
    Ao longo da sua História, os Estudos Literários têm vivido cíclicos momentos de aproximação ao paradigma das Ciências, fascinados pelo seu discurso de rigor e objetividade e tentando importá-lo para as suas metodologias e técnicas. isto é particularmente visível ao nível da metalinguagem de que determinadas disciplinas e correntes das Letras se munem, através da apropriação de metáforas oriundas do mundo científico. exemplo do que acabamos de enunciar é a Crítica Genética, disciplina que assume como objeto de estudo o "laboratório da escrita"de um autor, metáfora de rigor que se materializará e se oferecerá ao leitor necessariamente através de uma edição ou edições de texto. A perspectiva assumida é a de que o editor genético ou crítico-genético ordena e dota de lógica o processo de construção do texto literário, racionalizando-o, portanto.No entanto, procuraremos reflectir sobre como esta aparência de racionalismo ancorado numa metodologia que pretende erradicar o caos, iluminando a construção da obra literária, disfarça, por seu turno, a imposição de uma subjetividade emergente, que é a do editor que escolhe variantes também em função de uma sua leitura do texto, o que não é mais do que a sua leitura do mundo e da arte. Convocamos, para tal, um conjunto de exemplos editoriais.
  • Algumas notas sobre "o sapo negro" no âmbito da 'edição crítica das obras completas de Almeida Garrettʼ
    Publication . Boto, Sandra
    Este estudo pretende demonstrar a pertinência do modelo editorial a aplicar à edição crítico-genética em curso do Romanceirodo escritor romântico português Almeida Garrett. Apela-se, para o efeito, ao exemplo concreto da fixação do texto inédito por ele intitulado O sapo negro,poema que consideramos uma recriação própria garrettiana a partir de romances da tradição oral. Paratal, apresenta-se uma recensiodos núcleos documentais manuscritos e das edições a considerar no âmbito da edição, para depois se discutirem os limites e a natureza do corpusa editar, em franco respeito pelos princípios norteadores da coleção ‘Edição Crítica das Obras Completas de Almeida Garrett’, na qual este labor editorial se insere. Através do estabelecimento do mencionado poema, onde se exibem naturalmente as soluções ecdóticas propostas para os problemas críticos que ele nos coloca, seremos levadosa extrair algumas conclusões relevantes que permitem não só compreender o processo criativo deste editor português como avançar no conhecimento do romanceiro da tradição oral moderna da primeira metade do século XIX.
  • Projeto "O arquivo do romanceiro português da tradição oral moderna (1828-2010): sua preservação e difusão"
    Publication . Boto, Sandra; Ferré, Pere; Tavares, Mirian
    O Romanceiro é um género poético tradicional que circula desde os finais da Idade Média na memória dos povos de expressão portuguesa, galega, castelhana e catalã, difundindo-se desde então oralmente de geração em geração. Trata-se, portanto, de um património imaterial de uma vitalidade excecional e de uma riqueza ímpar que importa preservar. O presente projeto, acolhido pela Fundação Manuel Viegas Guerreiro e pelo CIAC, e financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, pretende salvaguardar e tornar acessível ao grande público o Arquivo do Romanceiro Português, absolutamente único no contexto ibérico, através dos novos recursos digitais.
  • Expressions of travelling in the portuguese 'romanceiro'
    Publication . Boto, Sandra
    Travel themes in the Portuguese romances from the modern oral tradition are explored, supported by Di Stefano's concepts of romance omega and romance alfa. They can refer to past events not in the present narrative, but suggested by present events or by lhe characters' role or nature (a soldier that returns from war, for example). But travel can also assume a more direct role in the alfa type, as the narrative structure corresponds directly with the events narrated. Travel action, therefore, collides with the narrative present, and is reflected in a related detailed verbal structure.
  • O "Conde Claros en hábito de fraile" na tradição oral moderna Portuguesa. Entre a recriação e a memória
    Publication . Boto, Sandra; Ferré, Pedro
    Este estudo procura centrar-se nalgumas das inúmeras questões que se encontram por responder relativamente ao romance "Conde Claros en hábito de fraile", em particular no âmbito da tradição oral moderna Portuguesa, aventando propostas de resolução. O objectivo é esclarecer, tanto quanto possível, aspectos que têm levado a crítica a olhar para este romance enquanto sinónimo de "texto-enigma".
  • Carta a Don Ramón
    Publication . Boto, Sandra
    Apressei-me a responder ao seu contacto, como agora se diz, embora a surpresa de receber uma carta de V.ª Ex.ª me tivesse deixado paralisada. Não sei de que modo poderei ser útil a V.ª Ex.ª, mas desde já disponha como entender dos serviços desta já não tão jovem mas permanentemente precária investigadora. São assim os novos tempos. Mas deixe V.ª Ex.ª que lhe dê os parabéns (felicitaciones) pelo seu 150º aniversário (cumpleaños)! Desejo-lhe muita saúde para que possa continuar a brindar-nos com a sabedoria a que nos tem habituado durante o último século e meio, embora já se deva ter apercebido Vª Ex.ª de que nos últimos anos têm surgido algumas vozes dissonantes que carregam (aportan) alguma neblina (niebla) sobre seu trabalho, apontando o dedo ao seu suposto enfoque nacionalista castelhano.
  • D. Francisco Manuel de Melo como fonte do romanceiro de Garrett ou o aproveitamento romântico da poesia barroca
    Publication . Boto, Sandra
    Almeida Garrett morreu sem concluir o projeto do Romanceiro segundo ele próprio o concebeu. O estudo de alguns manuscritos autógrafos inéditos recentemente encontrados põe a descoberto esquiços do poeta com vista à continuação dessa obra, onde constam as traduções de cinco romances saídos da pena de D. Francisco Manuel de Melo, em castelhano, que Garrett verte para português. A partir do cotejo entre os poemas originais e as traduções gravitadas, estudar-se-á o labor criativo que Garrett emprega no processo de tradução e na escolha da lição mais adequada para a fixação destes textos em língua portuguesa. Ser-nos-á dado a observar , enfim, o modo como tais romances são adaptados à luz do profundo domínio que o Visconde apresenta da gramática do Romanceiro da Tradição Oral Moderna, ou como se aproxima e afasta, no fundo, do imaginário e discurso barrocos dos poemas seiscentistas.
  • A história e a identidade nacionais no romanceiro de Almeida Garret
    Publication . Boto, Sandra
    Pretende esta comunicação apresentar algumas breves considerações acerca do lugar ocupado pela História (da Literatura/ da Poesia) como motor do projecto de publicação do Romanceiro de Almeida Garrett, pese embora esse papel não esteja tão claramente definido ao longo da parcela incompleta que foi, afinal, o romanceiro publicado. Recorre-se, assim, no sentido de ilustrar esta premissa inicial, a novos dados fornecidos pelos materiais inéditos recentemente descobertos da colecção garrettiana Futscher Pereira.
  • A propósito do romance tradicional «NauCatrineta»: peregrinações no tempo e no espaço
    Publication . Boto, Sandra
    «Nau Catrineta» é um dos poucos romances marítimos presentesna tradição oral moderna portuguesa. Contudo, a sua popularidade entre nósé inquestionável. Parece por isso natural que no século XIX Almeida Garretttenha assumido como certa a sua origem portuguesa e que desde então estaposição não tenha praticamente sido revista: instalava-se então a leitura na-cionalista no debate em torno das origens da «Nau Catrineta», definitivamenteimplantada pela inclusão da versão de Almeida Garrett nos manuais escolaresiniciada durante o regime do Estado Novo e com ecos no presente.Contudo, a aplicação de uma metodologia diacrónica e de geografia folclóricanum estudo como o que tenho vindo a dedicar a este romance permite-nos des-mistificar esta leitura cristalizada do mesmo. A presente comunicação pretendeapresentar algumas conclusões que apontam para a necessidade de contrariar aideia romântica associada a este romance (que tem vindo a ser acarinhado comoexpressão poética do Portugal marítimo e marinheiro do século XVI), que nãopassará, deste modo, de uma eficaz e bela construção romântica. No recurso àcomparação com a balada europeia e com outros modelos poéticos tradicionaisassenta a argumentação aqui proposta.