Loading...
11 results
Search Results
Now showing 1 - 10 of 11
- O rizoma: Conceito, definições e aplicações como metodologia de análise em Comunicação e CulturaPublication . Cunha, João Paulo C. R.Este artigo tem como objetivo explicitar o conceito de rizoma proposto por Deleuze e Guattari. A partir da obra Mil platôs (1995), abordamos o conceito mencionado, suas propriedades e princípios. Para tanto, destacamos primeiramente a importância da elaboração de conceitos na filosofia, conforme esses autores, e em seguida, discutimos o conceito de rizoma e os seus desdobramentos. Termo extraído da botânica, o rizoma é um tipo de raiz sem um caule central, que se espalha e se ramifica, podendo gerar segmentos equivalentes, igualmente capazes de se conectarem a qualquer outro. Transposto para o contexto dos media contemporâneos, e dada a sua natureza múltipla e acêntrica, capaz de conectar as mais diversas esferas, como tecnologia, cultura e sociedade, este conceito pode ser aplicado como metodologia para análise de diversos processos e produtos culturais e comunicacionais, os quais apresentamos como exemplo: os mapas das mediações de Jesús Martín-Barbero, abordados por Lopes (2018); o rizoma como estratégia de leitura hipertextual, segundo Santis (2020); e o rizoma como metodologia de mapeamento mediático e social de acontecimentos, de acordo com Frigo (2019). O rizoma se revela particularmente importante na contemporaneidade digital por descrever conceitualmente formas de leitura não lineares, tradicionais de meios hipertextuais como a world wide web, assim como se mostra relevante para as pesquisas no campo da comunicação e cultura por apontar caminhos múltiplos para a produção de significados, em especial na complexidade das sociedades e dos media digitais atuais.
- Relações técnicas e estéticas entre os cinemas do pós-Segunda Guerra e o cinema digital com base no filme "Timecode"Publication . Cunha, João Paulo C. R.; Drigo, Maria OgéciaAs relações técnicas e estéticas entre o cinema moderno, cujas correntes tomaram impulso no período pós-Segunda Guerra, e o cinema digital, produzido a partir da segunda metade dos anos 1990, é o tema deste artigo. Objetiva-se identificar as características do filme Timecode (2000) e relacioná-las, por uma linha evolutiva, com aproximações e distanciamentos, às principais correntes do cinema moderno – experimental, direto e disnarrativo. Paralelamente, abordamos as especificidades da hipermídia e do cinema digital contemporâneos. Entre os resultados, destaca-se que o cinema digital dos anos 1990 foi um desdobramento das inovações trazidas pelo cinema moderno.
- O vídeo segundo Dubois: uma forma de pensar imagens e dispositivosPublication . Cunha, João Paulo C. R.Este artigo refere-se ao livro “Cinema, vídeo, Godard”, de Philippe Dubois (2004), que reúne ensaios sobre o vídeo e sua natureza fluida, ora como imagem que “pensa outras imagens”, ora como dispositivo técnico. O objetivo é explicitar em profundidade os conceitos e discussões feitas pelo autor na primeira seção do livro, a respeito da imagem videográfica, suas particularidades e relações com as outras formas de representação visual. A leitura desta obra é relevante para o projeto de pesquisa de doutorado em andamento sobre linguagem audiovisual e mídias digitais, pois pode jogar luz para compreendermos a natureza das articulações entre o vídeo e outras linguagens nas décadas passadas e projetá-las na contemporaneidade.
- A imagem-cristal no filme "Timecode"Publication . Cunha, João Paulo C. R.; Drigo, Maria OgéciaA fim de verificar se a imagem-cristal se manifesta no filme Timecode (2000), de Mike Figgis, apresentamos as especificidades dessa obra cinematográfica, principalmente em relação à sua montagem; tratamos de montagem espacial, na perspectiva de Manovich (2001); do conceito de imagem-cristal, conforme Deleuze (1990) e, por fim, fazemos uma análise panorâmica de diversas situações em que se estabelecem circuitos cristalinos no filme, detendo-nos em investigar pormenorizadamente três momentos em particular. Entre os resultados, destacamos que as imagens que apresentam um duplo virtual com o qual formam o cristal colocam o espectador como parte integrante dos circuitos cristalinos, pois o indivíduo contribui com suas experiências na combinação linear das múltiplas imagens. Desloca-se, assim, a formação dos cristais tradicionalmente inerentes aos elementos imagéticos e narrativos para a dinâmica da relação entre o filme e o espectador.
- A literacia fílmica no contexto digital: O caso do Plano Nacional de Cinema portuguêsPublication . Tavares, Mirian; Cunha, João Paulo de Carvalho dos Reis e ; Jorge Manuel NevesThis article addresses audiovisual literacy as an essential element for the understanding and critical production of media content in contemporary society. The research adopts a qualitative approach, based on a literature review, interviews with professors and researchers on the subject, and an analysis of educational practices, in order to investigate how audiovisual literacy can be developed within the educational context. The main topics discussed include the evolution of the concept, its relevance in the digital age, and pedagogical strategies for its implementation in teaching, exemplified by Portugal’s National Cinema Plan (PNC). The results indicate that audiovisual literacy is fundamental for promoting critical media reading, enabling individuals to consciously and reflectively interpret, analyze, and create audiovisual content. Moreover, the study highlights the need for teacher training and educational policies that support the inclusion of audiovisual literacy in school curricula. It concludes that the development of this competence contributes to building a more active and informed citizenship, reinforcing the importance of educational policies that encourage media and audiovisual literacy as an essential part of academic education.
- Análise do filme "Timecode" e suas múltiplas telas sob a perspectiva de DeleuzePublication . Cunha, João Paulo de Carvalho dos Reis eEste artigo analisa o filme Timecode (2000), de Mike Figgis, pelas especificidades de sua tela dividida em quatro imagens simultâneas e montagem temporal apoiada na atuação do olhar do espectador. Discutimos inicialmente seus aspectos qualitativos e simbólicos; sua aproximação com a estética das interfaces gráficas digitais e montagem espacial conceituada por Lev Manovich (2001), para enfim o submetermos às categorias definidas por Deleuze (1983). Concluímos que, nos pontos de afastamento entre a linguagem do filme e a teoria deleuzeana, esta permanece válida, mas deve ser deslocada dos elementos imanentes à imagem para uma análise da própria experiência cinematográfica em múltiplas telas.
- A taxonomia deleuzeana para a imagem-movimento em "Relatos do mundo"Publication . Drigo, Maria Ogécia; Cunha, João Paulo de Carvalho dos Reis eEste artigo tem como objetivo explicitar o potencial de significados do filme Relatos do mundo aplicando a taxonomia de imagens cinematográficas propostas por Deleuze. Para tanto, apresenta-se o conceito de imagem-movimento; discute-se a divisão em imagem-afecção, imagem-ação e imagem-relação e, por fim, apresentam-se análises de sequências do filme. O artigo é importante por explorar uma classificação de imagens cinematográficas que permite a realização de análises para além das narrativas.
- O pós-modernismo e as faces do capitalismo global em "Ready Player One: Jogador 1"Publication . Cunha, João Paulo de Carvalho dos Reis eO filme “Ready Player One: Jogador 1”, suas referências à cultura pop e representações do capitalismo global dentro do seu metaverso ficcional são o tema deste artigo. A partir de revisão bibliográfica de Jameson (1997) e Matte (2020), explicitamos como a cultura pop extrai elementos dos seus contextos históricos e geográficos originais e os agrega em novas obras da cultura de massa, constituindo-se como a forma cultural do capitalismo global, chamada pós-modernismo. Na sequência, discutimos como as estruturas desse capitalismo se apresentam no filme, uma vez que, dentro do metaverso, os jogadores são obrigados a coletar dinheiro para adquirirem vantagens estratégicas sobre os outros. Dessa forma, as estruturas do capitalismo mostram-se transpostas ao mundo digital, mas com um agravante: as vidas real e virtual, no contexto do filme, são entrelaçadas de forma que perder dinheiro no mundo virtual significa perder também no real. Concluímos que essa obra permite vislumbrar alguns possíveis caminhos para o desenvolvimento do metaverso no mundo real (alguns dos quais já são visíveis), com seus eventuais benefícios e riscos.
- Epistemicídios de grupos minoritários no Brasil: um levantamento de pesquisas sobre o tema no período de 2017 a 2021Publication . Martinez, Monica; Cunha, João Paulo de Carvalho dos Reis eO objetivo deste trabalho é fazer um levantamento não quantitativo de pesquisas sobre o tema do epistemicídio, entendido como um silenciamento de epistemologias diversas da imposta mundialmente por potências ocidentais a partir do século XVI. Adotamos Grosfoguel (2016) como referencial para discutir o tema e seus antecedentes históricos, e também a data dessa publicação como marco para o recorte temporal de nosso levantamento (2017-2021). Utilizamos como fonte o Portal de Periódicos da Capes, a partir do qual selecionamos 20 artigos que versam sobre epistemicídios contra negros, indígenas, mulheres e LBGTQIA+, além de ações para seu enfrentamento. Concluímos que os epistemicídios, nos dias de hoje, ainda são reflexo dos iniciados no século XVI.
- O Cinema como linguagem sob a perspectiva de Christian MetzPublication . Cunha, João Paulo de Carvalho dos Reis eO artigo tem como objetivo apresentar os principais conceitos da Linguística de Ferdinand de Saussure e como estes foram incorporados à Semiologia do cinema por C. Metz. Discutimos inicialmente os conceitos saussurianos: a língua e a fala, o signo e o valor linguísticos e a formação de sintagmas. A seguir, abordamos como esses conceitos foram trabalhados por Metz na semiologia do cinema: o plano como unidade significativa mínima, o signo no cinema, denotação e conotação, paradigmática e sintagmática, montagem e linguagem cinematográficas. Utilizamos como recorte as teorias aplicadas ao cinema narrativo clássico. Concluímos que as teorias linguísticas se mostram obsoletas para dar conta do potencial sígnico das imagens cinematográficas em face de seus desenvolvimentos posteriores.