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- Palavras com que brinco e aprendo – de José Ruivinho BrazãoPublication . Nogueira, AdrianaRecensão /artigo de divulgação e promoção de leitura.
- Tucídides e a "politeia" ateniense ou De que "politeia" falamos quando falamos da República?Publication . Nogueira, AdrianaEste artigo centra-se nas diversas ocorrências de "politeia" na "História da Guerra do Peloponeso", de Tucídides, pretendendo ser um como contributo para uma tradução deste conceito, naquela obra, de modo a haver um menor número de implicações subjetivas. As suas aceções foram organizadas em 3 grandes grupos: A) condição e direitos de cidadão, cidadania: 1.132.4; 3.55.3; 5.4.3; 6.104.2; 8.76.5 B1) política; governo, administração: 1.68.1; 5.31.6; 8.53.3; 8.74.3; 8.97.2; B2) política; regime (político), 1.115.2; 1.127.3; 4.76.5; 4. 126.2; 5.68.2; 7.55.2 C) constituição de um estado, forma de governo, 1.18.1; 2. 16.2; 2.36.4; 2.37.1; 8.89.2 Comparou-se, ainda, com as opções tomadas em edições em português, francês e inglês.
- "Salpicos de vida" em "Só mais um abraço", de Maria de Fátima SantosPublication . Nogueira, AdrianaGostei muito deste livro de Maria de Fátima Santos (que já recebera uma menção honrosa no Prémio Literário João Gaspar Simões). É daqueles livros que lemos e não sabemos se é prosa ou poesia, de tão bonito que é. Bonito… talvez não seja este o adjetivo que se esperaria para classificar o conteúdo literário de um livro, mas é o que não me sai da cabeça. Não é que a história seja bonitinha ou as personagens exaltem em beleza. Não é isso. Nem quer dizer que não haja violência, mortes, traições. Que as há. Mas existe nele um tom, uma musicalidade, uma calma (ajudada por uma pontuação onde a exclamação está ausente) que dão harmonia a um conjunto de vozes que se vão fazendo ouvir através de um narrador peculiar. Mas já lá vamos. Vou primeiro apresentar a autora, que para alguns pode ser menos conhecida. Maria de Fátima Marques Correia Santos nasceu em Lagos, em 1948, e aposentou-se como professora de Física e Química. Talvez tenha sido essa condição que lhe tem dado tempo – e predisposição – para escrever e pintar. Tem publicado poemas e contos, quer no seu blogue, quer em livro (foi também vencedora de um dos cinco prémios Novos Talentos FNAC Literatura 2012). Quanto ao que desenha e pinta (a que chama «o gosto pelo traço desenhado e pelas tintas»), pode ser visto num dos seus blogues, Intimarte (http://intimarte.blogspot. pt/). Só mais um abraço é o seu primeiro romance. Mas não parece nada, pois não padece de maleita de principiante, que procura mostrar tudo quanto sabe. Antes pelo contrário: é uma escrita muito contida, onde as emoções, os sentimentos e as ações ficam-se pela esfera do não-dito e do subentendido.
- Mulheres na literatura grega antiga: recurso estilístico?Publication . Nogueira, AdrianaAs personagens femininas da epopeia, romance, as heroínas das tragédias, as mulheres comuns das comédias, todas elas são cantadas, versadas, narradas, louvadas, ridicularizadas, por homens.
- Contos Municipais - António Manuel VendaPublication . Nogueira, AdrianaNeste novo livro, António Manuel Venda situa os acontecimentos numa edilidade na serra, nunca nomeada. Sabendo nós que o autor é de Monchique, podemos deduzir que pode ter sido a sua fonte de inspiração, mas deste modo torna-se mais ambíguo, mais universal, e pode-se aplicar a muitas outras terras por esse país fora. O mesmo se passa com os nomes: exceto a bruxa (Maria Cadela) e os diabos (Diabo e Diaba), ninguém ali tem nome próprio, mas são todos conhecidos pela profissão que exercem: o especialista, o funcionário, o vereador, o guarda, etc. O título diz-nos que se trata de um livro de contos, mas, na verdade, os dez casos ali narrados mais parecem capítulos de uma novela, pois entreligam-se entre si, não só pelas personagens que se repetem de história para história (o presidente da câmara, protagonista ou personagem secundária, aparece quase sempre), como pelas referências que são feitas e que remetem de uns para outros. Por exemplo, no último conto, «Com a cruz às costas», quando o presidente matuta no aproveitamento político que se pode fazer de um aparente milagre, discorre, ao mesmo tempo: «O milagre tinha mesmo pegado. Não tinha sido como o dos diospiros, que estava rapidamente a cair no esquecimento», remetendo o leitor para a história das «Duas nuvens furiosas em pleno Verão».
- Milton Hatoum – "Dois Irmãos"Publication . Nogueira, Adrianalido nada de Milton Hatoum. Mas, emprestado por uma amiga, li Dois Irmãos e perguntei- me por que razão não tinha ouvido falar dele antes. Às vezes ando distraída e deixo passar várias informações literárias em revistas, jornais e rádio (televisão não tenho). Deve ter sido numa dessas alturas que o seu nome foi falado, até porque as notícias das suas vitórias de prémios literários foram difundidas no nosso país. Tendo passado por diversas profissões (arquiteto, professor de literatura, cronista), Milton Hatoum não é um desconhecido em Portugal e muito menos no Brasil. Por cá, a sua obra (quatro romances e um livro de contos) está publicada na Cotovia (Relato de um certo Oriente – 1999; Dois irmãos – 2000; Cinzas do norte – 2005 e os contos A cidade ilhada – 2009) e na Teorema (Órfãos do El Dourado – 2009). No Brasil, todos os romances foram premiados: três deles com o prestigiado prémio Jabuti de Literatura e um, Cinzas do norte, com o importante Prémio Portugal Telecom de Literatura. Dois irmãos é um livro pequeno, mas muito intenso. Depois de terminarmos a leitura ainda ficamos com as personagens e os seus dramas de vida na nossa memória. Passado em Manaus, acompanha a história da família de Zana e Halim, um casal de libaneses emigrados no Brasil. A ação acompanha décadas da família (os gémeos teriam nascido em 1925), principalmente do período que medeia a Segunda Guerra até à ditadura militar, pelo olhar de uma personagem secundária, que sabe de muitas destas histórias em segunda mão, através das conversas com diversas personagens, principalmente Halim e a índia Domingas que, vimos a saber, é sua mãe. Tudo nos é revelado aos poucos, como se o narrador (cujo nome, Nael, só sabemos quase no fim) nos fosse contando à medida que se vai lembrando, recuando e avançando no relato.
- Uma "Viagem ao Algarve" a duas vozesPublication . Nogueira, AdrianaDepois de ler o livro de Diego Mesa, vêm à memória desta cronista uns versos de Camões: «Transforma-se o amador na cousa amada/ por virtude do muito imaginar». Ao ler o livro de José Saramago, Viagem a Portugal (1981), o mesmo terá acontecido a Diego Mesa, escritor natural de Ayamonte e grande apaixonado pelo nosso país, que mantém um blogue intitulado http://aulajosesaramago. wordpress.com, onde divulga o trabalho que se vai fazendo em prol da disseminação da obra do Nobel da Literatura português, que o inspirou a refazer os seus passos. Escrito na terceira pessoa, Saramago designa a personagem que percorre o país de lés a lés como «o viajante». E este viajante vai ser, para Diego Mesa, «o outro viajante», já que, assumindo uma personagem equivalente, adota um estilo e retórica reconhecíveis para o leitor. Tomando como ponto de partida o último capítulo, «De Algarve e sol, pão seco e pão mole», que ocupa 18 páginas na edição da Viagem a Portugal, do Círculo de Leitores, e fazendo dele o seu guia de viagem, um novo viajante percorre esta terra, de uma ponta a outra, de carro e de comboio, revisitando os lugares ali mencionados. Naturalmente que, passados mais de 30 anos desde a 1ª edição daquela obra, muitas coisas se alteraram e é bom saber que, na sua maioria, para melhor. Os passos citados de José Saramago aparecem em itálico no texto de Diego Mesa, que muito bem os enquadra. Não se pense, porém, que este novo viajante apenas repete o que o outro visitou. É verdade que o usa como guia, mas também faz dele a sua inspiração para novos percursos, como a visita mais demorada a Portimão ou a viagem de comboio entre Vila Real de Santo António e Lagos. Além disso, a Viagem ao Algarve tem algumas breves (e úteis) notas de rodapé e, no final, uma boa bibliografia que poderá ajudar o leitor interessado em aprofundar mais o assunto. Para que fique perfeito, só falta que a próxima edição tenha uma boa revisão de texto. Precisando de selecionar alguns excertos para aqui constarem, deixou-se esta cronista levar pelo seu interesse especial por ruínas e museus, apresentando dois apontamentos sobre estes tipos de espaços.
- Lá para as calendas gregas! Calendários e cronologias na Grécia AntigaPublication . Nogueira, Adriana"Quando alguns querem dizer que nunca vão pagar, diz-se que 'vão pagar para as Calendas Gregas'" explica Suetónio, em " O Divino Augusto", 87. E foi esta expressão, ainda hoje tão usada, que deu o mote para a presente comunicação, dado que, na Grécia, não existia a palavra "Kalendae" enquanto designativa do primeiro dia de cada mês. Este era o seu nome entre os Romanos. Este artigo faz uma sinopse do modo como o tempo era contado e concebido na Grécia Antiga, do tipo de calendários por que se regiam as populações e aqueles que eram criados pelos astrónomos,distinguindo calendários astronómicos de civis. Refere-se ainda aos calendários dos festivais, às formas de divisão do tempo e aos usos da cronologia.
- Os pomos da discórdia do Acordo OrtográficoPublication . Nogueira, AdrianaArtigo de jornal sobre as principais alterações do AO e as posições dos que o defendem e dos que o atacam.
- O Diário Oculto de Nora Rute, de Mário ZambujalPublication . Nogueira, AdrianaÉ sempre um prazer e um desafio ler os livros de Mário Zambujal. Desde o marco que foi o sucesso do seu primeiro romance, Crónica dos bons malandros, que o deslocou da referência como jornalista (que nunca deixou de ser) e o colocou no rol dos nossos autores de literatura, a sua produção tem continuado a dar-nos bons momentos.